O problema está no Sistema


Como diria minha mãe: temos que ralar mesmo, quem sabe assim a gente fica finhinho? (ri demais quando minha mãe disse isso, primeiro porque foi bem pensado, segundo porque ouvir isso vindo na minha mãe, torna essa frase a coisa mais inusitada e engraçada de todas)

Brincadeiras a parte, resolvi usar essa frase no post de hoje porque ela encaixa perfeitamente na minha semana.

O meu colégio faz parte de uma rede de colégios, todos com o mesmo nome + o nome do seu respectivo bairro. E na primeira e na terceira etapa escolar, os coordenadores do sistema fazem uma prova para cada série, e todas as escolas fazem a mesma prova, no mesmo dia, no mesmo horário. São elas, as tão temidas A.E.S (Avaliações Especiais do Sistema).
Acontece que mesmo sendo “as temidas” provas da etapa, elas sempre se mostraram muito mais fáceis do que aquelas que nossos professores faziam durante todo o ano letivo. Acontece que esse ano, só porque é meu último ano (tenho umas coisinhas pra dizer sobre isso ainda, fica pra outra hora), trocaram os coordenadores que faziam tais provas, portanto, aquelas provas que eu já tinha me acostumado, mudaram. Completando meu histórico de sustos da semana:
– BU!Dessa vez elas vieram difíceis (isso ou eu que não sou muito inteligente mesmo).
Prefiro acreditar que a primeira opção esteja correta (algo que não se deve confiar muito não, porque no quesito marcar a opção correta, não sou a melhor), até porque, como o próprio Tropa de Elite já provou, o problema está no Sistema, e espero que valha pra esse assunto também! Risos.

O pior (ou melhor) é que essa prova serviu, pra mim, como um choque de realidade. Vi que não estava tão tranquila quanto eu pensava, e fiquei com muito medo que o que me espera no final do ano.  Tenho muito o que estudar! Muito!
Tomara que eu tenha forças, paciência, persistência e qualidade para conseguir!

Bom, então no clima e uma semana inteirinha de provas, que se mostraram bem difíceis,  ralei muito! E como deu pra perceber, sumi muito também. Risos. E continuando a série se achismo e esperança, espero que a tese da minha mãe esteja correta, e que pra compensar toda a ralação pelo menos eu fique beeeem fininha! Risos.

MAS…. finalmente tudo A-C-A-B-O-U! Agora só no final do ano!

Realidade


Chega de festa, chega de diversão. Depois de um final de semana nota dez, é hora de voltar ao normal. É hora de acordar do sonho de que finalmente posso relaxar um pouco mais. É hora de acordar do sonho de que tudo finalmente acabou.

É hora de voltar para “o-sem-tempo-pra-nada”, é hora de voltar para os livros, é hora de voltar para os estudos, é hora de voltar para as aulas à tarde, é hora de voltar para as provas uma vez por semana,  é hora de voltar para a briga pelos lugares da frente, é hora de voltar para a loucura do terceiro ano.

Sobre essa minha volta a realidade tenho dois comentários a fazer:

Primeiro: Finalmente as apostilas chegaram.

Agora além dos gigantes livros de 800 páginas teremos que carregar na mochila (de vez em quando pelo menos) mais quatro apostilas (até agora só recebemos quatro, ainda não foi tudo mais já é o começo). Agora além de estudar para as provas semanais teremos que nos ocupar revendo as matérias e nos alimentar dos exercícios diversos. Agora é pra valer. Se eu já achava que tudo tinha começado a complicar, eu não sabia de nada. Chegou a hora, não adianta mais criar desculpas de que não sabe o que  podemos estudar – estamos cheios do que temos que estudar.
 

Ah, por falar em início de complicação, eu decidi que eu não entendo as pessoas. Elas realmente são muito estranhas e diferentes umas das outras.
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Minha desconfiança começou quando aos 10 tive que tomar a vacina BCG. Antes de tudo: sorte de vocês crianças de hoje que não precisam repetir a dose. Quer dizer sorte nada, porque isso não chega a ser uma grande  situação de sorte. Vocês só se livraram do trabalho de ter que ir a um posto de saúde e tomar a vacina e depois disso se livraram dos cuidados que teriam que tomar com sua cicatrização. Digo isso porque ela não doe nadica de nada. Diferente do que as pessoas me diziam na época (exatamente ai que começa a desconfiança). Sempre de diziam que seria a dor maior que se poderia sentir na vida. Que você choraria e gritaria de dor. Então nessa pressão fui com o rabo entre as pernas tomar a bendita. E coitada da minha mãe que sofreu uma unhada gigantesca vinda de mim na hora da agulhada. Uma dor que ela passou atoa, porque não doeu NADA! NADA NADA! O processo de cicatrização que foi mais complicado, porque todo cuidado era pouco: qualquer esbarrão que fosse que o local recebesse, ai sim você conheceria o significado de dor. Mas isso não vem ao caso. Deixa eu concluir meu raciocínio.
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Depois desse episódio que as pessoas simplesmente “mentiram” pra mim, tudo voltou ao normal. Mas com o passar do tempo mais uma prova veio me encontrar. Quando decidi que faria uma tatuagem tudo indicava que iria doer horrores, que sangraria até eu atingir um estágio de hemorragia cerebral, até que tudo voltaria ao normal. Beleza. A doida aqui mesmo sabendo dos riscos que eu corria, decidiu ir em frente. Fui tremendo nas bases (tentei não passar isso pra ninguém, afinal, eu era forte o bastante para isso). E quando tudo começou não senti nada além de um pequeno biliscãozinho. E foi assim até o final. Então se você considera a ideia de fazer uma tatuagem, saiba: não doi nada (pelo menos não na nuca). Pois é, mais uma vez uma mentira a mim foi contada.
E esse ano sinto que mais uma vez fui enganada. Todos a minha volta que já passaram pelo terceiro ano disseram: terceiro ano ? Moleza. Química orgânica? Delícia. Quando começou o ano realmente acreditei nessas pessoas, tudo isso tinha sido comprovado. Terceiro ano ? Moleza. Mas quando começou a complicar essa história de química orgânica, “OH MY GOD!” Mentiram pra mim de novo! Délicia??Você tá bem?? Tá com febre??
Como eu vou permanecer sã até o fim do ano com essa matérias? Me responde? E dessa vez, por favor, não minta pra mim.
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Nem chegou o fim do ano ainda e já estou enlouquecendo. Que isso! Meu Jesus cristinho me ilumine e “me dê paciência, porque se me der forças eu mato um”!
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Segundo:Eu já tinha comentado que esse ano está ocorrendo uma luta para assentar na frente la na minha sala. Disse também que estamos criando um povoado nessa região e até barreiras estão sendo colocadas, porque é impossível transitar livremente por lá.

 

Mas esse desejo é normal em alunos terceito anistas.
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O que está em jogo é o nosso futuro então vamos sim tampar as cabeças de todo mundo para chegar até onde queremos. Não é qualquer bobeira.
Então afirmo: eu vou sim amontoar lá na frente. Eu vou, sim, sentar lá. Eu quero passar no vestibular, e se você não quer, pelo menos não atrapalhe. Porque diferente de você eu quero uma boa vida, e nela quero realizar os meus sonhos, e vou fazer de tudo para conseguir.
E sinceramente o problema não é as pessoas se juntarem na frente, o problema é que ninguém consegue calar a boca (me perdoem as palavras) um segundo sequer. E esse ano seria o momento que mais precisava disso. Eu não estou dizendo que eu fico calada a aula inteira. Ninguém fica, senão, piraríamos. Mas acontece que na hora que é de extrema importância se calar eu me calo.
 

O maior exemplo de que a sala não consegue se calar foi evidente na última prova de quinta. Eu não conseguir ler as questões de Português, nem tapando meus ouvidos consegui me livrar dos barulhos. E isso me prejudicou muito.
Eu só peço: se você está lá pra brincar, respeite quem não está.
Se é isso mesmo que você quer, pague um colégio pagou-passou. Você vai ter o ensino médio do currículo do mesmo jeito.
Já eu não quero só tê-lo no meu currículo. Eu quero tê-lo pra minha vida toda, dentro
das minhas sinapses, e quero tê-lo bem feito e não de qualquer jeito.
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Então, se você não faz direito pelo menos peço respeito.

 


“Sorria, você está sendo filmado!”


Esses dias eu estava andando na rua, e como sempre, pensando em milhares de coisas aleatórias. Foi então que olhei para o lado e vi um gesto comum que nunca tinha reparado antes, e ele realmente me cativou.

Enquanto subia minha rua, observava as pessoas que, como eu, andavam para algum lugar. Duas mulheres, um pouco mais a frente e do outro lado da rua, se encontraram no meio do caminho. Um encontro, acredito eu, inesperado e ao acaso. Elas olharam uma para a outra, se cumprimentaram pela coincidência e sorriram. Trocaram umas pouquíssimas palavras e continuaram seus caminhos opostos. Até o momento nada tinha chamado a minha atenção. Mas quando continuei observando a que descia e que eu podia ver sua face, vi que ela continuou sorrindo por alguns instantes. E tenho quase certeza que a outra também fazia o mesmo.

É estranho pensar que é sempre assim, o sorriso continua no rosto por alguns segundos, como se o corpo ainda não tivesse reagido ao fim do encontro. Eu já fiz muito isso e você?

Esse bobo gesto me fez pensar um pouco mais sobre a beleza e a simplicidade de um pequeno sorriso. Sem pronunciarmos uma só palavra podemos dizer milhões de coisas. Com simples movimentos musculares conseguimos abrir o mais belo de todos os gestos.

Uma coisa sobre sorrisos, que acho que super fofa e que consegue captar essa multiplicação de significados de um sorriso, vem (comum vindo de mim) de um filme; Um Encontro com Seu Ídolo. É uma frase que diz: “Você sabia que ela tem seis sorrisos diferentes? Um quando ela ri por educação, um quando ela faz planos, um quando ela debocha dela mesma, um quando está pouco a vontade, um quando ela fala dos amigos e um quando alguma coisa faz ela rir de verdade.”

É exatamente isso. Todos nós temos milhões de sorrisos diferentes. Seja quando estamos sorrindo de felicidade. Quando precisamos fingir felicidade. Quando vemos alguém que nos faz bem. Quando vemos alguém e não sabemos o que dizer. Quando estamos sem graça. Quando estamos super a vontade. Quando estamos zombando de alguém. Quando estão zombando de nós. Quando estamos zombando de nós mesmos. Quando somos irônicos. Quando dizemos aquela verdade que estava agarrada a muito tempo. Quando tentamos fazer outra pessoa se sentir bem. Quando tentamos convencer a nós mesmos que estamos nos sentindo bem. Quando lembramos de algo engraçado. Quando fazemos algo muito errado. Quando pagamos um mico e só nós mesmos percebemos isso. Quando pagamos um mico e todo mundo percebe isso. Quando alguém paga um mico e só nós percebemos isso. Quando alguém paga um mico e todo mundo inclusive nós percebemos isso. Quando gostamos de uma piada. Quando não entendemos uma piada. Quando odiamos uma piada. Quando ganhamos um presente. Quando perdemos alguma coisa. Quando São Longuinho nos ajuda a achar essa coisa. Quando nossa mãe diz: eu te avisei. Quando dizemos: eu te avisei. Quando escutamos uma música. Quando tudo está em silêncio. Quando estamos sem paciência. Quando estamos de bom humor. Quando conseguimos resolver aqueeeela questão de matemática. Quando tiramos uma boa nota na prova. Quando é o primeiro dia de férias. Quando acordamos de um sonho bom. Quando finalmente acordamos de um pesadelo. Quando recebemos um elogio. Quando recebemos um elogio de um pedreiro. Quando fazemos um elogio. Quando criticamos alguém. Quando somos criticados construtivamente. Quando queremos conquistar alguém. Quando somos conquistados. Quando estamos dançando e seduzindo. Quando estamos apenas dançando por dançar. Quando vemos os inimigos. Quando vemos os amigos. Quando vemos a pessoa que amamos. Quando vemos nossa família. Quando não vemos ninguém que conhecemos. Quando nos olhamos no espelhos. Quando nosso cabelo está do jeito que queríamos. Quando vamos tirar um foto. Quando estamos sendo filmados. Quando comemos Passatempo. Quando finalmente experimentamos o  Hidrotônico de Uva Verde. Quando não sabemos o que fazer. Quando não queremos fazer nada. Quando sabemos exatamente o que fazer. Quando algo te faz sorrir. Ou simplesmente quando só sorrimos, assim, sem nenhum motivo.

Convido a você que pratique esse lindo gesto.  SORRIA!
Para você se inspirar e começar agora mesmo: