Let’s take a walk?


Não sei se eu já comentei com vocês mas eu tenho uma cadelinha. Uma York Shaire.

O nome dela pode parecer meio comum demais, mas quando a nomeamos não imaginávamos que podia existir tantas cadelas com esse mesmo nome. Só descobrimos isso quando à levamos pela primeira vez ao veterinário e lá vimos aquela quilométrica lista de pequeninas e grandes xarás.  A ideia para o nome foi primeiramente meu. Queria chamá-la de Honey (que em inglês pode tanto significar ‘querida’ como ‘mel’) mas concordamos em chamá-la apenas de Mel. E assim foi. Estranho é que o nome que ela menos é chamada é de Mel. Chamamos ela de tudo: Melzinha, Pequena, Cachorra, Rottweilar ( é, Rottweilar, com a. Já que ela as vezes, com seu tamanzico, acha que é a coisa mais amedrontadora do mundo), Deusa, Paixão, Amor… e assim continua.

Melzinha entrou na nossa casa com sua irmãzinha. Tínhamos que escolher uma das duas. Mel como sempre é, começou enérgica, intrometida e animada. Andou por toda casa cheirando tudo e querendo nos conhecer. A sua irmã se mostrou completamente o contrário; ela se escondeu atrás de um móvel e lá ficou, completamente imóvel. Foi justamente por seu jeitinho doce de ser que escolhemos ela, e assim já faz 3 anos ela faz parte da nossa família. Tanto é que ela até ganhou sua própria músiquinha:

♫ Bolinha de pelo, doce doce Mel.

Faz xixi pela casa toda, só não acerta no papel 

Música bem bobinha mas que resume o ser Mel. No início ela só fazia xixi pela casa toda e nunca no lugar certo. Mas agora graças a Deus, depois de muitooooo trabalho, ela só faz no seu banheirinho. Além da dificuldade de saber aonde era o banheiro, a Mel sofre com dois grandes problemas principais: uma estranha mania de lamber tudo que vê pela frente e uma mania de intromissão desumana. Mas, felizmente, todos amamos ela assim, do jeitinho doidinho que ela é.

Bom, mas hoje não estou aqui para contar 3 anos de divertidas histórias que ela nos deixa presenciar, quem sabe um dia. Risos. Estou aqui hoje para falar sobre uma coisinha, uma palavrinha, que perto da Mel se não formos realmente efetuá-la  temos que chamar de: “Fazer Aquilo Com a Mel” (é, tipo “Aquele Que-Não Deve Ser Nomeado” para Voldemort). Essa palavrinha mágica que deixa a Mel doida, já que ela amaaaaa do fundo do coração, é comum à todos os cachorros:passear.

Aposto que quem não tem cachorro é louco para passear com um. Sei disso porque eu era assim antes e também porque convivo com um que é exatamente assim, o Luiz.

Parece uma coisa mágica, poderosa e extraordinária passear com o seu cachorro. Pelo menos é assim para quem observa. Na prática não é tão legal assim. Primeiro que interromper o seu dia para sair com o cachorro não é uma coisa muito animadora. Segundo que quando você finalmente toma coragem para fazê-lo tem de aguentar o seu cachorro parar a cada 2 segundos para cheirar alguma coisa ou fazer suas necessidades. E no segundo caso é realmente um saco ter que levar um saquinho para recolhê-las (o pior é que quando você esquece de levar um, seu cachorrinho escolhe o lugar mais movimentado para fazê-las, e todo mundo fica olhando para você como se você fosse a grande causadora de todos os pisões em fezes de cachorro. Sei como é ruim pisar em um. Mas é que nem sempre lembramos de levar o saquinho. Peço desculpas a todos que já pisaram na sujeirinha da minha Mel. E peço que quem também tem um cachorro leve o seu saquinho, tente não esquecer, sei que é difícil, mas sei que conseguimos.)

E por último, a pior coisa, pelo menos pra mim, durante todo o tempo que você passeia com seu cachorro, são os outros cachorros e donos que o fazem na mesma bat-hora e no mesmo bat-local. Não que eu seja contra todos os outros cachorros do mundo e seus respectivos donos. Mas o problema é todo o clima de constrangimento que o encontro dos animaizinhos trás. Nunca sei se devo desviar a Mel do outro cachorro ou se devo deixar que eles concluam os cheirinhos. Se eu fizer o primeiro tenho medo de que o outro dono pense que eu só uma antipática e que eu tenho nojo do seu cachorro. E ao mesmo tempo tenho medo de fazer o segundo e o dono ser do tipo antipático que tem nojo do meu cachorro. Além disso nunca sei se devo cumprimentar o dono e puxar uma boa conversa ou se apenas sorrio para ele, ou talvez se simplesmente não faço nada. Nunca sei o que fazer.

Por favor donos de cachorros do mundo me ajudem a descobrir! Risos.


P.V.C


Mais uma vez imaginando o que vocês devem estar pensando digo: essa sigla não é aquele filtro PVC. Não é nem perto disso.

Essa sigla já é bem famosa na minha vida. Vivo ouvindo ela da boca do meu pai.

Ela se refere àquela fase do Condor; Com dor na coluna. Com dor nas pernas. Com dor nos braços. Com dor no pescoço…
Ela se  refere àquela fase em que precisamos de ajuda pra atravessar a rua ou para alguma outra coisa, já que não somos mais mesmos de antes..
Ela se refere àquela fase em que, só apresentando a carteira de identidade, podemos pagar meia no cinema.
Ela se refere àquela fase em que podemos sentar na parte da frente do ônibus e sair sem pagar, sem que estejamos cometendo algum crime.
Ela se refere àquela fase em  que temos preferência em filas e assentos.
Ela se refere àquela fase em que trocaremos o apoio das duas pernas, para um outro de três.
Ela se refere àquela fase em que as mulheres vivem a menopausa e os homens precisam do remédinho azul.
Ela se refere àquela fase em que ficamos cheios de rugas e até nosso cabelo, já sem cor, começa a cair.
Ela se refere àquela fase em que não podemos mais dançar “até morrer”, porque se fizermos, realmente vamos até morrer.
Ela se refere àquela fase em que não nos preocupamos com a família que vamos formar e sim com a família que vamos deixar.
Ela se refere àquela fase em que além dos filhos pra criar temos os netos para mimar.
Ela se refere àquela fase a qual todo mundo sabe que tem passar mas que não quer que ela chegue de jeito nenhum . Eu sou uma delas.
espaço

P.V.C = Por** da Velhice Chegando.


Todos nós vamos envelhecer, passaremos por tudo que disse aqui. Não que seja uma coisa horrível de se acontecer, mas eu não quero que ela chegue tão cedo. Tenho muita coisa pra fazer e viver, e tão pouco tempo pra todas elas acontecerem.

Sabe, outro dia eu estava no shopping com o Luiz. Estavamos procurando um assento na praça de alimentação. O shopping estava lotado, como sempre. Rodamos todo aquele espaço cheio de comida deliciosa. Quando perto da leitura, em uma das mesas com cadeiras gostosas, vimos uma mulher, com aproximadamente 50-70 anos. Pra mim isso nem é uma idade muito alta não. Foi então que o Luiz virou pra mim, olhou para a moça, sozinha, e disse:
– Aquela velha ali daqui a pouco vai sair e a gente senta! Fica esperta com ela.
Foi então que me deu aquela depressão.
Algum dia vai ser que vou estar sentada ali, sozinha. E um casal, procurando um assento vai dizer:
– Aquela velha ali daqui a pouco vai sair e a gente senta! Fica esperta com ela.
espaço

Vocês devem estar me achando maluca, paranóica, porque só tenho 16 anos e já estou pensando em envelhecer.

Mas é que a cada ano que passa estamos cada vez mais próximos da fase em que nada vai ser como é agora, e viver a juventude é algo tão bom… não quero que acabe!

Não que eu seja como o Michael Jackson , sofrendo com a síndrome do Peter Pan, e queira ser uma adolescente para sempre, mas bem que eu podia parar nos 28 né? É uma idade boa! (risos) Brincadeira.

Vou viver tudo que tiver que viver. Vou ter a idade que tiver que ter.

Mas é que antes de tudo isso acontecer quero aproveitar. Tenho sede de viver. Sede ser feliz. Sede de que, quando chegar essa fase indispensável da minha vida, eu tenha milhares de coisas pra contar. Milhares de coisas para lembrar. Milhares de coisas que vou dizer: putz, que tosco! (  –‘ , HA primeiro exemplo agora! risos). Milhares de coisas que vou dizer: puxa, valeu a pena.

Ninguém quer envelhecer, mas sem isso não é viver. Faça isso sem nunca deixar que a criança que tem em você morrer!

P.S: boa musica para esse meu momento Peter Pan:
→ Filtro Solar (Pedro Bial)